quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Guarda


De manhã visto-me de imaginação porque quero viver quanto baste.
Dispo-me porque há calor. Dispo-me de chatices para compensar quem se veste com dificuldades alheias, aqueles que num mar de reais problemas, publicam e mostram misturas de alhos com bugalhos que não existem. Engraçado, antes de uma coisa má acontecer, (segredo partilhado com quem o não merece), surge o boato, depois a notícia que o confirma e acaba por sustentar um outro mais cabeludo, jamais confirmado.
Dispo-me de sofrimentos…
Se por aqui ficássemos a coisa era feia mas não tão feia. Se alguém que não é da região da Guarda e chegou até aqui, perdeu o seu tempo. Isto agora é só para iniciados.
Dispo-me de mágicos cansaços.
Gosto de fotografia e sei que a partir de agora posso começar a desfocar a imagem…
Dispo-me de reais ou químicas irritações…
Qualquer blogger que se preze tem como superior objectivo atingir o alvo supremo e inatingível, aquele que nos dá consistência e matriz, os que lêem, possivelmente os leitores do Amigo da Verdade. Quase que é um sacrilégio misturar o conceito universal de blog e uma folha paroquial. Mas se este texto pode ser lido em qualquer parte do mundo, sei que aquele panfleto é lido pela população mais conservadora e geograficamente mais próxima, que não lê este, porque não tem equipamento nem necessidade, treino ou vontade, exactamente porque ali nada mais chega, além da informação veiculada por certa parte da Igreja, mérito dela. E a informação não serve quem a faz, mas quem faz o editing.
Dispo-me de preconceitos…
Pior que um mundo de inteiras más verdades só as meias má verdades, mesmo que sejam apenas parochiais

Sem comentários: