segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O dia de Ontem Morreu



O dia de ontem morreu a noite passada

Anunciada como certa, a morte era esperada.

Finou-se um dia morno e sem história

Melancólico, sem cor nem glória


O dia de ontem igual a muitos, a todos,

Encantou medíocres felizes e tolos.

Pesou triste, pardo e lamacento

Na garganta que trava o real lamento


O dia de ontem foi semi-estático

Semi-preto, semi-branco, cinzento

Nem sequer foi um dia … prático.


Foi mais um dia assim meio pardacento,

A canalhice globalizante acordada

A imaginação ausente e o saber ciumento



Júlio Valentim



Ozendo .Outubro 2008

1 comentário:

Unknown disse...

Agora és poeta.Depois de velho, tão gordo e tão maluco. De qualquer modo parabéns
Emanuel