sábado, 15 de maio de 2010

Não à crise, não às mal vestidas, sim à pulcritude.


Tirei esta fotografia hoje com o meu telefone no Quiosque do Bonfim quando fui comprar o jornal. Já tinha ouvido que uma professora das AECs de Torre Dona Chama, Mirandela, tinha posado nua para a Playboy. Fiquei meio amarelo quando dei conta que quase todas as pessoas achavam bem que a boa, (e de que maneira!!!), da criatura fosse suspensa de funções por imoralidade. Se a escola onde lecciona fosse um colégio católico, ou doutra confissão qualquer, embora fosse discutível, ainda podia aceitar, mas numa escola pública? Habitualmente reconhece-se que a moral da República é o que está plasmado na Lei, nada mais. Como não me consta que haja uma lei que proíba a foto e divulgação do nu mais ou menos artístico, quer parecer-me que há mesquinhez e hipocrisia em doses industriais por parte dos zeladores, (ou zelotas) da moral pública de Mirandela. É voltarmos ao tempo dos atestados de bom comportamento moral e civil. Isto sim, configura um grosseiro atentado ao direito à liberdade de expressão e o Ministério Público, tão célere a dar pareceres que ninguém pede, agora, convenientemente, cala-se face a um delito que julgo ser público.
O Papa veio até nós e ao que dizem saiu de cá com uma visão mais concreta e menos intelectual e desumana da fé, só porque o convívio e os banhos de multidão portuguesa o tornaram mais afectivo.
Somos assim, damos uma no cravo e outra na ferradura. Ao Papa toda a nossa simpatia e sensibilidade hospitaleira, à escultural professora tiramos o trabalho porque mostrou ter tudo para ser uma carinhosa e nutritiva educadora.

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