segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O presente é sempre o próximo passado




Há muito tempo que a Guarda tem duas feiras anuais, a de S. João de 24 de Junho e a de S. Francisco, a feira rica de 4 de Outubro. No S. João com as culturas ainda enterradas não havia dinheiro disponível mas, chegado o Outono e com as vendas a fazer e as já feitas, a cidade fervilhava de gente e de mercadorias. Hoje, dia de S. Francisco, fui à feira e não a encontrei. Encontrei menos que um reles mercado quinzenal. Nem carrinhos de choque, carrosséis, matraquilhos, farturas, nada. Não tenho memória, em termos comerciais, de ver nesta terra, nada tão deprimente. Sei que não há dinheiro, ou que anda muito mal distribuído, mas há coisas que se podiam fazer. Desta feita a Associação Comercial da Guarda é capaz de ter andado mal.

Queixam-se os comerciantes, e a meu ver com razão, que mataram o comércio da Praça Velha e o da Rua do Comércio permanece em estado comatoso, desde que esta ficou sem circulação rodoviária e aquela sem estacionamento. Da Dorna ao Sanatório, a principal via da cidade, a artéria fundamental enquanto corpo vivo, tem aterosclerose com um by pass na Praça Velha e um enorme atenoma na R do Comércio. Agora por causa duma obra na R Alves Roçadas só já se circula num sentido nesta e no Largo João de Almeida.

Somos uma civilização do automóvel. Quanto mais se limitar o seu uso melhor estão os que têm parqueamento.

Dê-se alento aos de fora. Aos de cá, cevada ao rabo.

Compara-se apenas o que é comparável. Contudo, cliquem aqui.

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