quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Oeste e a Serra



Eis-me regressado dum passeio pela Região do Oeste. Foram dias de barriga à lameira, de sol e mar, e de pôr o visto numa série de lugares a revisitar (já por lá tinha passado em tempos de tropa) e outros por completo desconhecidos.
Vi e falei com pessoas, algumas verdadeiras figuras de desenhos animados e mantive-me longe dos jornais tele ou de papel, excepção feita ao Expresso.
Obviamente que com este santo corpinho tenho que prestar primeiro que tudo mes hommages à excelência da gastronomia da região.
Não fiz nenhum esforço especial para reflectir no que os meus olhos viam e os meus ouvidos ouviam. Aquela boa gente tem um sentido auto-reflexivo, de hiper-identidade, e auto-complacência em tudo igualzinho ao nosso das Terras Altas. O homem português de facto existe à semelhança do Homem do Rei de antanho, que me desculpem celebrados e premiados historiadores. As maleitas de que sofre o povo mais vizinho são exactamente as das outras regiões.
No que concerne ao sentimento político é visível a semiose (a linguagem é mais abrangente que a fala): Casa Pia, BPN, e tudo o resto que já passou em julgado nos média, leva a que socialmente sejamos translúcidos, e toda a análise se torne pouco profunda e de subjectividade induzida.
Todos somos culpados se uma ave de arribação travestida de D. Sebastião for catapultada para a peanha do poder.
Os males da democracia tratam-se com mais democracia. Sejamos exigentes connosco e com quem elegemos.
A propósito, não é qualquer um que a Guarda quer.

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