terça-feira, 28 de abril de 2009

O Barulho das Luzes

Fui educado e eduquei a respeitar e fazer respeitar os titulares do poder judicial, já que mais não fosse como contrapoder ao bruto poder policial. Desde o tempo da outra senhora e inclusivamente após o mergulho no mar da liberdade respeitei os magistrados que mantiveram uma verticalidade digna de nota. Os tempos foram passando, os cargos começaram a ser ocupados por pessoas com formação cívica e intelectual diferente e hoje vemos magistrados à procura ou perturbados pelo barulho das luzes.

Continuo a pensar que a culpa é duma autoridade que de facto não é regulada pela lei. Regula-se pelas leis do mercado e os intervenientes em vez de darem a notícia, produzem-na. Não relatam factos, fazem parir factos e induzem comportamentos, sabendo que comportamento e atitude geram postura e conduta.

Nas mãos de jornalistas sem escrúpulos, licenciados pelas melhores Universidades da iniquidade e da maledicência há pessoas incapazes de viver com o barulho das luzes e conseguem impunemente cometer as mais vis injustiças.

Reconheçamos que vai haver vida para lá da crise e não podemos continuar a falhar nas duas questões não resolvidas pela solução democrática, a justiça e a educação, já que estas só por si irão julgar e punir os agora réus

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