quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Contracepção política


Sempre tive ideias claras e soube distinguir métodos anticoncepcionais (antes da concepção), do aborto (prática após concepção). O que o Sr. Presidente ontem fez é que não sei classificar. Por um lado parece usar um preservativo (não gosto dela nem há-de engravidar, mas lá vai disto), por outro sugere a IVG dum governo a que ainda não deu posse (não concebido). Há nisto uma contradição insanável. O que parece em tese é que o Sr. Presidente usou um preservativo roto e a criança vai mesmo nascer. Este será filho de pai incógnito mas de todos conhecido. Já houve um na incubadora e a quem os irmãos batiam. A este é o espúrio pai que bate antes de nascer.
Quando todos pensávamos que entraríamos num período menos quente, pós refrega eleitoral, aí está S. Ex.ª a atear as labaredas das suspeições, das difamações e da ingovernabilidade. Além de não trazer dados diferentes para o esclarecimento político, não referiu factos novos nem desmentiu outros e ficámos apenas a saber que chamou peritos informáticos para lhe dizerem o que todos sabíamos. As suas palavras foram como nuvens que tapam o sol ou a lua, não deixam ver, ocultam. Com isto veio inquinar ainda mais a perversidade nacional. Se até ontem nenhum hacker se tinha lembrado da Presidência da República, porque não inspirava interesse, a partir daquele discurso aposto que foram às dezenas a descobrir os IP e a entrarem no sistema. A NATO, a NASA, a CIA, o FBI e os bancos gastam fortunas em segurança informática e todos os sistemas já foram violados.
O Sr Presidente prestou um mau serviço ao País e ou tem um espírito mesquinho e atrofiado ou a eurodeputada Ana Gomes tem razão.
Sabe-se como e quando começa uma guerra, ninguém sabe quando e como acaba. Mas sei quem já perdeu, todos nós.

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