Há dias estive numa festa onde havia teenagers. Gente nova dá sempre vida e cor a qualquer reunião tornando-a mais divertida. O que trago aqui, porque achei curioso e me fez pensar, foi a maneira como interagiam entre si enquanto os polegares não davam descanso aos teclados dos telemóveis. Conversavam, ou aparentavam fazê-lo, com os presentes enquanto simultaneamente mantinham contacto e prestavam atenção a ausentes.
Li, já não sei onde, que um gestor ligado à moda, Michele Norsa disse que a tecnologia aproxima-nos de quem está longe e afasta-nos de quem está perto. Sei que é da nossa natureza ultrapassarmos os nossos limites físicos. Conheço a ansiedade de estar onde não se está. Sei de fonte segura que os meus netos um dia dirão algo equivalente ao comando de Kirk à Star Trek: blow me up Scotty!!!... Então estaremos quase em simultâneo em dois lugares. Não é a ubiquidade, mas quase.
Vem-me à memória a utilização que fazemos do telefone, do e-mail e todas as redes sociais da internet, porque não esqueço as conversas à mesa no círculo familiar serem pontuadas por psst escuta, deixa ouvir o noticiário, do rádio …. Depois, com a entrada da televisão nas nossas casas o círculo familiar passou a semi-circulo e com a proliferação de terminais telemóveis, pda e portáteis passou a uma linha quebrada de afectos. Mantemo-nos todas as noites num descomunal telecolóquio mantendo silêncio absoluto com quem, ao nosso lado, deprime e queima noites sonorizadas por um inglês americanizado debitado pela idiot box da sala ou do quarto.
Mais progresso é, mais civilização? De certeza não é.
Li, já não sei onde, que um gestor ligado à moda, Michele Norsa disse que a tecnologia aproxima-nos de quem está longe e afasta-nos de quem está perto. Sei que é da nossa natureza ultrapassarmos os nossos limites físicos. Conheço a ansiedade de estar onde não se está. Sei de fonte segura que os meus netos um dia dirão algo equivalente ao comando de Kirk à Star Trek: blow me up Scotty!!!... Então estaremos quase em simultâneo em dois lugares. Não é a ubiquidade, mas quase.
Vem-me à memória a utilização que fazemos do telefone, do e-mail e todas as redes sociais da internet, porque não esqueço as conversas à mesa no círculo familiar serem pontuadas por psst escuta, deixa ouvir o noticiário, do rádio …. Depois, com a entrada da televisão nas nossas casas o círculo familiar passou a semi-circulo e com a proliferação de terminais telemóveis, pda e portáteis passou a uma linha quebrada de afectos. Mantemo-nos todas as noites num descomunal telecolóquio mantendo silêncio absoluto com quem, ao nosso lado, deprime e queima noites sonorizadas por um inglês americanizado debitado pela idiot box da sala ou do quarto.
Mais progresso é, mais civilização? De certeza não é.
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