quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O amor não se adia


Após titular assim um texto a minha mulher e os meus mais próximos dirão que a partir de agora, declaro-me oficialmente louco. Dissiparam-se as dúvidas, enlouquei de vez.

Não deixei crescer a barba nem vesti a camisa negra, agora que me debruço sobre o abismo dos sessenta. Não deixei que uma nuvem ou asa negra cobrisse o meu pouco luminoso espírito. Suportei e partilhei as minhas dores com quem prometi um mar de rosas, e a quem dei apenas o mínimo exigível no casting.

Sombras tenebrosas, dos azares de terceiros primeiro dos segundos, à curva da saúde, tudo nos anunciou fins apocalípticos.

Há coisas que não se pensam e muito menos se dizem ou escrevem neste Dezembro frio.

Assustemos de vez o medo.

Antevejamos O Natal, sintamo-nos alegres e expectantes na nossa

PrimaVera