sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ao som do Shadows



Carta a um funcionário público.

Fazes parte do grupo dos culpados da actual situação económica.

Todos os partidos, enquanto arejam as penas na oposição, dizem o mesmo. Criaste já uma pele de hipopótamo capaz de aguentar as vergastadas que os media veiculam e por sua conta dão.

Como não posso falar directa e abertamente contigo, pois no teu serviço o freguês (utente, cliente, utilizador), não é a pessoa mais importante e única razão de ser do serviço, escrevo-te duma maneira mais pessoal (íntima) e hoje ao som dos Shadows

Podia desatar a escrever coisas estranhas, mas não me atrevo. Atrevo-me às simples. Ouço-te nas sombras e escrevo-te. Sofres porque vês vencer uma nulidade só porque tem () o que não davas. Isto é, vês progredir na carreira horizontalmente, quem sabes adoptar essa e outras posições no quarto ou no carro de quem chefia.

Espero pacientemente a tua redenção após os teus românticos momentos revolucionários. Noto que se agigantam na tua cabeça os poderes dos maus, e com um vocabulário tão violento quão menos versátil, dizes que este país não existe, e a ser, é de Desenhos Animados. Negas as virtudes do que é bom. O mercado das notícias engana-te.

Repara, cada dia te digo e de maneira cada vez mais clara, que o que realmente fica é a honra e a probidade, o resto é trampa ainda que pasteurizada e avaliada.

Puxa por ti, sonha o impossível, mas nunca te arrependas de seres honesto.

Não lamentes seres como és, duma linhagem de quem nem todos se podem gabar.

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