Carta a um funcionário público.
Fazes parte do grupo dos culpados da actual situação económica.
Todos os partidos, enquanto arejam as penas na oposição, dizem o mesmo. Criaste já uma pele de hipopótamo capaz de aguentar as vergastadas que os media veiculam e por sua conta dão.
Como não posso falar directa e abertamente contigo, pois no teu serviço o freguês (utente, cliente, utilizador), não é a pessoa mais importante e única razão de ser do serviço, escrevo-te duma maneira mais pessoal (íntima) e hoje ao som dos Shadows
Podia desatar a escrever coisas estranhas, mas não me atrevo. Atrevo-me às simples. Ouço-te nas sombras e escrevo-te. Sofres porque vês vencer uma nulidade só porque tem () o que não davas. Isto é, vês progredir na carreira horizontalmente, quem sabes adoptar essa e outras posições no quarto ou no carro de quem chefia.
Espero pacientemente a tua redenção após os teus românticos momentos revolucionários. Noto que se agigantam na tua cabeça os poderes dos maus, e com um vocabulário tão violento quão menos versátil, dizes que este país não existe, e a ser, é de Desenhos Animados. Negas as virtudes do que é bom. O mercado das notícias engana-te.
Repara, cada dia te digo e de maneira cada vez mais clara, que o que realmente fica é a honra e a probidade, o resto é trampa ainda que pasteurizada e avaliada.
Puxa por ti, sonha o impossível, mas nunca te arrependas de seres honesto.
Não lamentes seres como és, duma linhagem de quem nem todos se podem gabar.
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