segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval em casa, ecos do passado


Que dentro de cada português vive um salazarinho, é coisa sabida. O Botas de Santa Comba interpretou como ninguém as nossas fragilidades. Nunca ficou refém de ninguém, nem teve nenhum delfim, porque filhos, nem políticos os teve. Transferiu, afastou, apagou, tramou todos quantos o quiseram servir além das suas competências. Que prendessem, massacrassem, espoliassem em seu nome, tudo bem, desde que fosse um serviço bem feito: sem testemunhas, sem registos, e sobretudo sem protestos. Se tudo corresse bem, depois, quase sempre tarde, recompensava com uma medalhinha, nunca com um Conselho de Administração. Para aí só os fiéis de pedigree comprovado ou de QI e lealdade mais que garantida. Olhemos para onde quer que seja e vemos infelizmente a concretização da sua Republica Unitária e Corporativa… Cada vez mais corporativa e menos unitária.

Criou um bófia dentro de cada um de nós, um superego freudiano ampliado.

Nunca fez um Acto de Contrição publico e foi sempre perdoado.

Agora há uns tipos de mau hálito, que não estudaram Latim e aparentam cheirar mal dos pés, apostados em cumprir a sua (dele Salazar) maldição. Será que só elegemos os maus e os fracos? Será que nos nossos genes inscreve-se a espera de D Sebastião quer venha ou não?

Claro que há mais vida depois (que nojo e asco) da generalizada e pidesca bufaria que tem sido a devassa da vida privada.

Pensei que o 25 de Abril nos tivesse libertado definitivamente

Obviamente que o Futuro, por mais que o encalacrem, está aí completamente virgem e sem mácula.

Sonhemo-lo e vivamo-lo a trabalhar, transformando, produzindo riqueza, com determinação e sem medo. Eis uma maneira diferente de dizer, que a fé é que nos salva.

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