quarta-feira, 10 de março de 2010

Carta aberta a um Lisboeta




Podia começar esta carta aberta contando o caso que lhe deu origem. Mas não, vou tentar escrever apenas mais um post. Só que este tem destinatário.

As nuvens e humidade deram-nos folga. Vieram as cores e com elas a beleza manifesta da vida.

Hoje de manhã cerca das 10 horas vi estas duas lindas pernaltas, julgo que cegonhas, no Parque Polis, e às 6 vi o espectáculo da luz do por do sol a brincar com o gelo formado pela água que escorre das pedras do Torreão. Eis algo só possível nas Terras Altas, na cidade da Guarda, em locais da malha urbana. No resto do país, mais rico, mais desenvolvido, talvez menos bonito e mais embrutecido nada disto se vê. Como pode haver algum hipotético leitor mais cosmopolita e menos dado às coisas simples, mas tão masoquista que leia isto, esta Chancelaria informa que as coordenadas são 40.32N e 7.16W. Pode introduzi-las no GPS que cá chegará, já que a palavra Guarda parece levar alguém apenas ao posto da GNR. É como se fosse para um safari (mas sempre em auto estrada), mais agasalhado. Aqui compreendem-se várias línguas, incluindo o português e somos garantidamente hospitaleiros.

Apetece-me dizer que até a ignorância e estupidez têm que ter limites.

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