sábado, 14 de março de 2009

8 de Março

A Mãe natureza fê-la mãe. A pele ia do toque de seda ao de veludo. Não era uma Barbie, era garantido enfarte dum banqueiro. Tinha tudo o que os homens gostam, desde a beleza e equilíbrio natural à vertigem do abissus abissum. Interiormente, muito raramente se entregava ao tirano e quando o fazia era porque o corpo lhe ostentava o vencimento da biológica letra, em raros momentos mágicos que produzia aquele encantamento de responder sim, sem o dizer, a uma pergunta que não se fez. A maioria das vezes freira de clausura numa perpétua quaresma não pretendida. Farta do quotidiano abominava as surpresas pois só traziam mais contratempos que prazeres.
Óbvio que as palavras que escrevi se aplicam a um sem número de pessoas, com as devidas adaptações, a quem tiro o chapéu, hoje e sempre.
Recuso-me a celebrar mais um dia de actividade acrescida para o comércio, por mal que este esteja. Da meiga galega à dona de casa independente todos os dias são delas, pois garantidamente trabalham duas vezes o dia dum homem.
Aqui fica o meu preito e homenagem: à minha mãe, à minha mulher, à minha filha e a todas as mulheres que estiveram sempre tão presentes na minha vida, as minhas tias, as minhas irmãs e as minhas amigas de agora e de outrora.

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