quinta-feira, 5 de março de 2009

Março


Mês cujo nome é homenagem ao deus guerreiro. O planeta tem duas luas Fobos e Deimos, o medo e o pânico, filhos de Ares e Afrodite, (Marte e Vénus).
Não sou dado à Astrologia, mas convenhamos que mês com semelhante patrono e em tão boa companhia, teria que ter um magnífico efeito na minha disposição, pelo menos por sugestão. Há alturas que brilhando vermelho no horizonte cintila e fascina. Em algumas culturas orientais é a Estrela de Fogo. É a cor avermelhada que lhe dá todos os bons atributos. É a proveniência, pouco imaginativa, dos Ovnis…
Houve um tempo em que Março para os romanos era o primeiro mês do ano, começo dum novo ciclo. Percebe-se, pois é a época do equinócio da Primavera, e isto tem os seus efeitos. Até ao fim do sec XV na Rússia o ano começava no primeiro de Março e no Reino Unido e colónias o ano começava a 25 de Março, isto até 1752. A 21 de Março tem inicio o Ano Novo de 19 meses da religião Baha'i
Mês em que tenho tido diversos penalties, incluindo o da minha estreia profissional.
Mas mais que tudo, o mais importante é ser o mês de regresso das andorinhas, é o mês que a natureza emita as aguarelas dia sim, dia sim. Digno de todos os humores e de todas as estações: Março marçagão de manhã inverno, à tarde verão e à noite focinho de cão. Por muito mal que queira dizer não posso negar em sinopse assertiva o aumento de temperatura, a beleza renascida, o sorriso reencontrado, desejo de vidas novas, o descasque do belo sexo.
Viver é um processo permanente de adaptação e tristezas não pagam dívidas. Sou sensível ao inconstante e volúvel mês de Março, uma escada pouco limpa que não sobe nem desce, a ponte que não atravessa, estacado movimento, mas real metamorfose interna e manifesta.

2 comentários:

E disse...

Boa foto, isto fica em que parte da cidade mesmo?

Júlio Valentim disse...

Na estrada entre as Piscinas Municipais e o Nerga. Lado nascente das piscinas municipais