quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ao povo o que o povo gosta


Já aqui escrevi, gilando, que neste país só acontece o que explode na televisão. E se há coisa feia nesse proscénio, feia mesmo, são os julgamentos sumários de figuras públicas, com condenação garantida. Jamais me imaginei a defender publicamente políticos de quem não gosto e de quem não tenho procuração. Também é verdade que não precisam de ma passar, já que aqui não há juízo (seja de que ordem for).

Causa-me aperto nos gorgomilos as declarações das mais importantes figuras do poder judicial, que duma maneira que me parece sistemática, vão pondo em causa o próprio regime democrático.

Impolutos órgãos de soberania não escrutinados, e ao que consta nem sequer se levantam quando o PR entra na sala, detêm um tal poder, que com toda a cobertura legal e agradecimento de jornalistas imaculados, fazem em picadinho e enlameiam todos os que tiveram a meritória e triste sina de ultrapassar a mediocridade reinante.

Diante de tão ilustres e patrióticas figuras curvemo-nos e agradeçamos antecipadamente qualquer deriva justicialista e totalitária.

Não sei se é de propósito o esquecimento, mas hoje, (dia 11 de Novembro de 2009) dia de S Martinho, faz 91 anos a assinatura do Armistício algures num comboio na floresta de Compiègne, que pôs fim à 1ª Guerra Mundial, onde batalhões portugueses foram ultrajados pela sua mais querida e velha aliada e pasto da fome, dos piolhos, do sofrimento, da doença e da morte. Nenhum media deu a notícia, que eu desse conta.

Lamento-o


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