quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Esperança

Começo a escrever antes de ouvir o discurso de investidura de Barack Obama. Sinceramente espero que sejam palavras de esperança, de paz e contra o medo. Mas o que me leva a escrever é um assunto nosso e só muito remotamente tem a ver com as decisões norte-americanas. Tem a ver é com a esperança. Quem leu o meu último post pode ficar a pensar que olho para um país cheio de inúteis, desempregados, ladrões e pedintes com mais ou menos orgulho. Não é essa a visão que tenho. Há muitas empresas de sucesso, e sem esforço diria o nome de mais de uma dúzia, embora tenham quase todas nome de tipo anglo-saxónico, mas percebe-se porquê. Desde a CC Energia, uma empresa de auditoria e consultoria energética, passando pela Polisport que se dedica à inovação e qualidade dos plásticos para carnagem de veículos de duas rodas, à Y Dreams empresa de inovação de conceitos quer de software quer de equipamentos. Há um grupo de empresas e pessoas que com os seus recursos, com o seu trabalho, com a sua energia e sem ordenhar as tetas do Orçamento conseguem vencer, lutando taco a taco com as melhores do Mundo. São essas que têm de ser a norma para todos, capitalistas, gestores e trabalhadores. Ultrapassar a segurança da mediocridade. Ir além do financiamento para bens de consumo, produzir riqueza. Quando começar a ver nos jornais e na televisão pessoas com o discurso que diga qualquer coisa do género: há empresas a preço de saldo, comprem-nas porque o estilo velho já morreu, arrisquem e tenham esperança. Quando isso começar a acontecer poderemos dizer o equivalente na nossa língua: yes we can.

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