segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

À Mesa do Café



…………………maravilhado olho-vos com olhos exânimes. É assombroso ver, ouvir e sentir a beleza e juventude, vida e nervo, e sobretudo a frescura. Isso não se compra. Apetece-me atafulhar este texto de palavras, pôr muitas palavras, mas não o farei. Enchê-lo de palavras, esvaziá-lo de qualquer ideia e deixar exposto um sentimento pungente. Saudade da mais elementar ignorância, saudade das minhas certezas e até saudade duma certa, porque não errada, inocência, e de outras coisas.
Fica aqui exarado o melancólico sentimento dum homem perto dos sessenta. Constatar que a palavra futuro já não é a sua segunda pele, que os próximos gritos de liberdade não serão seus, mas que tem a certeza os haverá. Que a vida é algo de encantador, mais fantástico, muito mais fantástico que a ficção. Há algum deleite nisto de reconhecer que me pesa sentir-me velho… e eu que queria tanto envelhecer com serenidade. Isto é o que me diz a razão e o corpo, porque a minha alma não…………………

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