sábado, 17 de janeiro de 2009

A História não se repete, aviso à navegação


É sabido que após a Grande Depressão dos anos 30, surgiram como cogumelos por essa Europa fora salvadores providenciais, e para que nos entendamos, citemos apenas Hitler, Mussolini e Salazar.
O que hoje ouvi e vi não é trágico, é cómico. Um inútil, a quem apenas por mero acaso não ouvi dizer que não discutia Deus, nem a Pátria, nem a Família, e que aprendeu a codilhar impunemente a vida do próximo, imaginou-se a liderar o meu povo. Não com minudências, mas impondo medidas draconianas, limitando as liberdades, regulamentando a vida de todos, matando um ou dois milhares, os chamados danos colaterais, porque as rodas da História gemem e é preciso lubrificá-las com o sangue dos fracos, deixar que o mau tempo passe e apresentar-se como o único que foi capaz de debelar a crise, o mago. Não importa se para isso tivesse de recorrer a meios antidemocráticos, instrumentalizando os indispensáveis média, militares pouco zelosos e infames industriais. Se estivéssemos em 1930 assustava-me, mas a informação mais preciosa e fundamental hoje não vai por telégrafo, nem pelo jornal, nem o poder está na ponta da espingarda. O Mundo graças a Deus mudou e para melhor, os caudilhos que aparecerem têm no horizonte não o reconhecimento da História mas a Lei.

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