domingo, 25 de janeiro de 2009

Hamburgers and Coca-cola


A América está na moda e está do lado de lá do mar.
A Europa é o passado da América, mas a América, terra onde nunca estive, não é o futuro da Europa.
Já no sec XIX os americanos que visitavam a Europa perguntavam aos residentes, porque é que não gostam de nós? A resposta era educada e diplomática, ficava-se por um silencio e uma referência a um facto histórico de suprema importância. Concedia-se que da América importámos a Revolução Francesa. Foi um país fundado no maior dos estoicismos, diria mesmo com um autêntico espírito calvinista, mas depressa se tornou no que é: hipócrita (Clinton x Lewinsky) e esdrúxula (um gato pode herdar milhões de dólares). Uma vida permanente de vícios privados e públicas virtudes. Naturalmente que duzentos e poucos anos não são suficientes para fazer história e quando se fala dos Founding Fathers não temos a distância nem a perspectiva da que temos de Carlos Magno ou de Afonso Henriques. Que tem uma capacidade invejável de se rejuvenescer ninguém nega, mas não tem, nem terá a humildade de reconhecer as suas fraquezas, sobretudo as militares. Quando é que ganharam uma guerra, após a 2ª guerra mundial? O mais forte e mais bem equipado exército de sempre perdeu na Coreia, na Baía dos Porcos, no Vietname, no Corno de África, fizeram uma marcha triunfal sobre Bagdad e retiram agora do Iraque mais ou menos com o rabinho entre as pernas e controlam parte, só parte do Afeganistão. Oficiais de job’s book nas calças do camuflado, que consultam como o guia dos escuteiros mirins, não conduzem ninguém a parte nenhuma. Quero com isto dizer que a contra cultura (que me perdoem todos os autores americanos que admiro) não produz homens perfeitos, nem parecidos.
Dir-se-ia que não vou com os americanos e tenho pouca fé nos seus Messias.

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