quinta-feira, 18 de junho de 2009

Anjo caído


Anjo caído,

Sem cruz na mão

Quebrou

Acabou:

Asas murchas no chão.


Homem,

Atrás dos óculos,

Atrás do bigode,

Subitamente,

Entra surdamente no reino das palavras,

Não foge.


Breve é a prece,

Os olhos eleva,

Deserdado filho de Eva.


Religa a lembrança,

Quase acredita.

E acende

Ténue

Nova chama de esperança.


Estranha e doce calma

Espalha suavemente pela alma.



2 comentários:

Helena disse...

Afirmam os especialistas em demonologia que Vapula, ou Naphula torna os homens exímios em quaisquer ofícios manuais, também na filosofia, e outras ciências...
Será este o seu "anjo caído"?
Devo precaver-me, dizendo: Vade retro... Julianás???
:)))

Júlio Valentim disse...

Hélas!!!!!!