quinta-feira, 10 de junho de 2010

Polis II


Eu pecador me confesso que pequei por pensamentos malévolos, palavras ácidas, actos de injustiça e a omissão de dizer que não dizia o que dizia não dizer. O espelho de água do polis já brilha em todo o seu esplendor e volta a fazer a terapêutica adequada a quem por ali se passeia. Olhar, ver e apreciar o Belo é o melhor tratamento se não para todas, pelo menos para as dores da alma. Não julgava possível que os serviços responsáveis deitassem tão depressa mãos à obra e resolvessem o problema. Enganei-me, e aqui estou a penitenciar-me do facto. Conseguiram ser mais céleres na solução que no desconcerto, esse sim demorado. Parabéns para quem resolveu o problema, ainda que de maneira provisória, parece.
Exercer a cidadania é também isto, não é morder anonimamente nas canelas de todos e votar de tempos a tempos.
Hoje é dia de Portugal, de Camões e das comunidades. Dia duma raça que ligou o mundo e compôs a primeira globalização, versão 1.0.
Além de se poder vaiar o PM e para lá do futebol, que parece unir muitos, talvez haja o Quinto Império a construir por todos os portugueses como cidadãos livres, fechado que seja o ciclo do desalento.
E se sou cidadão é porque sou livre e assim quero continuar. Não são precisas as luzes da ribalta, nem andar na passerelle dos egos inflados. Basta ser-se livre e eticamente responsável. No que me toca sei o que valho e já não tenho idade para gerir melindres de pessoas emocionalmente instáveis. Não devo nada a ninguém, falo e digo o que preciso e quero, quando e com quem quero. Neste 10 de Junho evoco o 25 de Abril, porque será?

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