segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal


Façamos um interregno neste carpir pela crise gerada pela ganância ingénua de muitos e pela ganância impudica e consciente de uns poucos. De qualquer modo ninguém duvida que a culpa é da ganância e que esta é quase uma segunda pele de muitos.
Mas é Natal e não choremos sobre o leite derramado. Bastante mais que a festa religiosa é entre nós o período destinado à Família. Actualmente a família nuclear deixou de ter três gerações, como quando fui criado, para ter apenas duas e muitas vezes na forma monoparental. Mas quando chega esta altura do ano as pessoas juntam-se em espécie de clã, quase sempre ligado pelo lado feminino. Haja Deus, assim ao menos não há erros biológicos. Pela primeira vez e mercê de vicissitudes várias e um tanto infelizes, passarei o Natal em minha casa com o clã da minha mulher. Engraçado como isso me faz sentir velho. Então é assim: agora tenho que ser mesmo simpático, cordial, atento, venerando e obrigado, como é minha obrigação, porque amigo, gordo, generoso, amante da boa conversa, como convém a um bom anfitrião creio tê-lo sido sempre. De facto, se conseguirmos ter menos reservas, ser mais verdadeiros e puros de coração o Mundo será um local melhor. Pelo menos neste período de meias, muitas meias…

Sem comentários: