terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Pulhices na Real Árvore Genealógica


Toda uma geração foi formatada, perdão, orientada no sentido de venerar respeitosamente a História de Portugal. Fui daqueles que gostaram de História e das histórias da história e sempre com h. Foi assim que aprendi, embora me tenham chegado ecos de acordos luso-brasileiros que determinam outra coisa. Aguardo pelos acordos luso angolanos, luso moçambicanos, luso s.tomenses, luso guineenses, luso cova da–moura e outros, depois farei a média, e saberei se escreverei com “e” se com “i” se com ou sem h. Até lá vai à maneira da Chancelaria Lusitana.
Fiquei a saber agora que um dos nossos reis mais venerados pelo povo teve um amante que por ciúmes mandou castrar. O homem que passou à História como um dos grandes amantes, tão cantado como Tristão e Isolda ou Romeu e Julieta. Falo de D. Pedro I, do Justiceiro, do herói do fantástico romance de Pedro e Inês Os marialvas e outros homofóbicos que se cuidem, os seus Ídolos têm pés de barro. Já sabíamos que D. Afonso VI e D. João VI, (nenhum aguentou a mulher que as vicissitudes da politica lhes deu), às mesmas práticas se davam que o seu augusto antepassado, já que os seus camareiros tinham mais serventia que aquela que tradicionalmente lhes era reservada. Mas enfim, cada um come do que gosta e por onde quer.
Aprendi também que o formoso D. Fernando não só era dado às mulheres Leonores ou não, mas quando achou que a sua real testa lhe tinha sido ornamentada pelo Conde Andeiro apertou o papo a uma menina que a sua mulher tinha acabado de parir. Como não sabia se era sua se do rival, despachou a criancinha com as próprias mãos. Gente séria e temente a Deus. Sobretudo forte e valente, foi-se à criaturinha recém-nascida mas deixou o putativo pai e mãe sem problemas. Tomei conhecimento que o próprio Desejado às tantas pode ter sido vítima de pedofilia. Alcácer-Quibir fica explicado…
Li que um rei, (D. Miguel), alegadamente era filho do jardineiro da Rainha.
Uma coisa é certa, todas estas pulhices e muito mais foram publicadas num livro escrito por três doutíssimas senhoras com o título de “As Amantes dos Reis de Portugal” e editado pela “Esfera dos Livros”. Uma espécie de revista Cor-de-rosa tendo por observação não a última semana mas os últimos oitocentos e muitos anos. Talvez seja um estudo de História…

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