sábado, 23 de maio de 2009

Decadência III


Quando iniciei este blog tive o cuidado de me apresentar com nome e fotografia reais, (bem identificado portanto) e declarar-me à partida inocente. Inocente sim, pudico não, casto já quase, falso e politicamente correcto é que nunca. Escrevo o que me dá na gana e quando me apetece, tecendo as minhas considerações sobre o que vejo, ouço e imagino e à minha maneira. Dou inteira e total liberdade a todos que não sintam nem pensem como eu. Aprendi a duras penas que não podemos condicionar ninguém a ter este ou aquele comportamento, mas posso pensar e dizer o que achar oportuno acerca dele. Muitas vezes, talvez demasiadas vezes, refiro-me ao feio como mau e ao belo como bom. Não sou Hegel, nem a sua sombra. Mas como ele em muitos aspectos chego à ética pela estética.
Garanto que o que digo é rigorosamente verdade e não uma figura de estilo. Daria de bom grado a minha vida para que todos tivessem a liberdade de se vestirem e ajaezarem como bem entenderem, mas que seja reconhecido a todos o direito de dizer se gostam ou não, e tecer as apreciações que lhe apetecerem. Querer pôr
piercings, mostrar mais ou menos carne, exibir a sua falta de gosto e de pudor e narcisicamente chamar a atenção é uma coisa, exigir que os outros vejam e calem é outra. O que nos separa dos animais não é a reflexão e o pensamento é o sentimento trágico da vida…
Quando mostro um sinal não o julgo, mostro-o como um sinal dentro dum contexto Há imensos sinais de decadência na nossa sociedade que mais tarde ou cedo outra virá substituir. Todos somos reflexos dessa decadência…Dois terços em estado permanente de fome e boa parte do outro terço com problemas de sobrealimentação.
Quem disse que a decadência não tem a sua plasticidade? Quem não viu já imagens do belo horrível?
Podemos fugir às leis dos homens, pensar que fugimos às de Deus mas às da ciência ninguém foge em nenhum momento e sei de ciência certa qual a missão duma mãe, e quais os requisitos mínimos.
Imaginar-me como inquisidor mor é um exercício estimulante à fantasia. Avaliador da moral e bons costumes, más-línguas, todos o somos, uns mais descarada e assumidamente que outros.
Mas para aliviarmos tensões e a propósito de julgamentos e apreciações sigam este link
http://www.youtube.com/watch?v=5K_F53MXVrc
Eis um canal de televisão com enorme
share e retumbante sinal da decadência da civilização ocidental e...cristã.

1 comentário:

Marco Lucas disse...

Sem duvida! O mundo segue em um ritmo tremendamente decadente!
Mas isso é tão certeza como que de ser tão certeza não podemos cair na tentação de julgar! é demasiado fácil! Entende agora?
A nós compete-nos deixar o mundo seguir... Sem apego! Pois quando nos apegamos sentimos raiva e ódio e luxúria.
Entende agora Sr. Valentim?