Nunca é de mais realçar a importância da liberdade de expressão, por ser algo que não tem preço e do efeito que tem no desenvolvimento integral da sociedade. Todos temos o direito de dizer o que pensamos. Exercê-lo é um acto de cidadania.
Além dos direitos constitucionais, há o soarista direito à indignação e o recente e marcelista direito à ponderação. Reivindico agora também o direito ao sorriso, sempre é menos deprimente e mais salutar.
Ao ler o blog “Sol da Guarda” revi (já tinha visto aquilo algures) a imagem dum panal que me recordou a leitura dum texto que li há algum tempo e que me fez rir, a carta para a soberania nacional do povo lusitano em (http://aceltrebopala.home.sapo.pt/carta.html). Hoje, ao procurá-lo, deparei com laracha semelhante
Brincadeiras da juventude imaginativa, pensei. Mas juventude, interesse pela história, regresso às origens e pureza da raça eis uma mistura que leva a outro lado. Então deixei de sorrir.
Republicano confesso e militante, conceptualmente posso entender os monárquicos, não como saudosistas de determinada época, mas como defensores dum poder que vêem mais estável porque se aproxima do poder tribal, a que eles chamam natural. Existe o Homem do Rei, dificilmente o Homem da República enquanto conceito identitário. Há republicanos, nas suas mais variadas cambiantes e amantes do seu país. Homem do Presidente não é identitário e tem um significado pouco edificante.
Só por graça (será?) pode alguém reivindicar como região (duas línguas, duas culturas, diferenciação geográfica profunda) a Lusitânia. Se houver alguma razão histórica, cultural, étnica ou o que por muito remoto que seja legitime tal, então nós, habitantes da Guarda, vamos até ao séc. VI e reclamamos a refundação do velho reino suevo-alano da Vetónia (habitado por enigmáticos braquicéfalos mediterrânicos) com capital na velha Ward.
Vamos a isso, retrocedamos e de forma quanto mais abstrusa melhor. Isso sim, é ser cool e original
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