sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A propósito de Utopias


Tenho a certeza que o primeiro-ministro José Sócrates não lê o que escrevo. Nem ele nem a fauna que à sua volta gravita e dele (ou de nós?) se alimenta. Nunca me pus a jeito para escrever para a história e não é provável que qualquer agência de segurança se interesse pelo que penso. Contudo, feitas as devidas ressalvas, deixo aqui uma solução, tipo Ovo de Colombo, para alguns dos problemas com que se debatem Portugal, os States e outros.

Conhece-se a inabilidade do mais rico e melhor equipado exército do mundo em ganhar guerras. Desde a 2ª Guerra Mundial que não ganham nem uma guerrazita sequer; a do Panamá de Noriega não conta porque alguém borregou, e ficou tudo na mesma. Têm capitulado, retirado, abandonado ou fugido donde quer que se tenham metido. Até do Corno de África, uma das zonas mais miseráveis do globo, fugiram e não restauraram esperança nenhuma. Vêm-se agora a perder dia sim dia sim a guerra no Afeganistão, um verdadeiro inferno para onde os neocons ,(também pode ter leitura francesa), mandaram gente sem razões, causa, motivo nem jeito.

Sócrates, de maneira pública ou velada (diplomática), faz a seguinte proposta a Obama: se vocês, américas, me derem metade do que gastam na guerra do Afeganistão, restauro o serviço militar obrigatório e Portugal envia tropa com rusticidade suficiente e sem necessidade de Coca Cola, frigorífico e banho diário, (de seis em seis meses enviamos duas brigadas de infantaria mecanizada operacionais em comissão de dois anos), o terreno fica ocupado com tropas ocidentais cristãs e da Nato na mesma, garante-se consumo à indústria pesada norte americana, o general Herbert McChrystal faz uma retirada estratégica, (despede-se à francesa), and you Mr President (ainda não é imperador) justifica o Nobel da Paz. Acaba-se com o desemprego em Portugal, fica-se com umas massas, e melhor que tudo, ao fim de algum tempo ganha-se a concórdia entre povos, pois entre outras tácticas de pacificação a miscigenação ficará garantida. Não há Paz como a dos sonhos ou o que os antecede, um whisky antes e um cigarro depois.…

Pela ideia não cobro nada e podem-na vestir com o fato que mais jeito der.

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