segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sobreviventes


Sobrevivemos a três pelejas, com episódios umas vezes de pequena guerrilha, outras de combate clássico e de acordo com as normas consuetudinariamente aceites. Menciona-se um morto, mais vitima da loucura dum homem do que do confronto ideológico. É de lamentar, mas não conta para o cômputo dos resultados. Estamos por isso todos de parabéns, a festa democrática aconteceu.
Entendo que a alternância (de equipas, não necessariamente de partidos) é por si só uma necessidade, pois um problema hoje tem uma solução e passado algum tempo tem outra ou outras. Há a tendência, bem humana, das mesmas pessoas aplicarem igual solução ao mesmo problema noutro tempo, e isso quase sempre é uma prática errada, pois com o tempo tudo muda, desde as condições às pessoas, tudo se altera e por vezes quem está por dentro não se apercebe: as árvores escondem a floresta. Mas como não há regra sem excepção, a nível pessoal, no que respeita à politica local o resultado soube-me a nozes com mel. Foi ouro sobre azul.Justificar completamente Definitivamente a Guarda é uma senhora e não é quem quer que a Guarda quer. De resto detesta a má-criação, as atitudes patéticas e o terrorismo.
Por uma estranhíssima associação de ideias veio-me à memória uma frase: as aves de arribação e os cucos partem no Outono para África.
O Nobel a Obama foi dado em nome da Utopia. Tanto o islão como o cristianismo têm a mesma visão utópica do paraíso e em seu nome se cometeram e cometem as maiores atrocidades. Por isso todas as utopias me metem medo, menos a do Chanceler de Henrique VIII, Thomas More, e mesmo desta tenho dúvidas, por certo diferentes das de Cavaco Silva. Todas as outras encabeçadas por uma plêiade de estrelas como Gengis Khan, Jean Calvino, Adolf Hitler, José Estaline, Mao Tsé Tung, Pol Poth e outras santas criaturas com as suas utopias são aterrorizantes. As utopias são capazes de levar o ser humano a praticar horrores sem disso se dar conta.
Resta-nos pedir, com muita fé, que o Senhor não permita que o messiânico Barack Obama entre (por nenhuma das portas) para a galeria dos grandes utópicos.

Sem comentários: