quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um dia acaba


Dizer-se que tudo o que tem princípio tem fim, é recitar um axioma. Portugal, o país onde nasci, gosto, respeito e vivo, um dia acaba. É fatal, escusamos estar com ondas. Não sei, nem sei se alguém saberá, definir claramente as fronteiras de soberania nacional desde as político-geográficas às económicas e mesmo as de competência militar. Quanto ao chamado povo português, para se ser exacto, definamos o globo como seu habitat.
Portugal será já neste momento mais uma entidade abstracta, um ser mais psíquico que material que se vai desvanecendo, se vai erodindo não só social como moralmente. Dia sim, dia sim, ouço expressões como: devíamos fazer parte de Espanha, que venham os alemães tomar conta disto e outras em vernáculo. Se é uma fatalidade morrer este e outros países não é inevitável que seja agora, nem deixar que vá para uma unidade de cuidados paliativos ou mesmo continuados. É bom que tenhamos a noção que isso só se previne se e quando o verbo servir deixar de ser conjugado pronominalmente e na primeira pessoa..
Pretende-se que as novas equipas não repitam erros velhos. Podem ascender aos altares da coisa pública verdadeiras viúvas de muitos maridos, o importante é que aí se portem como virgens puras e assim permaneçam.
Assim seja…

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