quinta-feira, 8 de abril de 2010

Jogos


O canal Q das PF passou uma entrevista com a jornalista Felícia Cabrita no programa “Agora a Sério”. Jornalista de pluma temível de quem já gostei mais do que gosto. Não me refiro aos seus dotes literários mas ao percurso e exposição profissional. Dito isto vamos ao que interessa. A denodada plumitiva disse publicamente que a prova jornalística não era igual à prova jurídica e a prova disso é que após o caso Casa Pia lhe tinham movido vários processos, (ouvi 20?), e não perdeu nenhum.
Emídio Rangel ontem, na SIC Notícias, reiterou a afirmação feita na Comissão de ética da AR que a Associação Sindical dos Juízes Portugueses e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público estão ligados a violações do segredo de justiça, obtendo processos para os jornalistas publicarem e trocando esses documentos nos cafés, às escâncaras. Afinal quem joga que jogo com quem?
Sei que há várias verdades, mas aceitemos que cada um intimamente tem a sua verdade não negociável. Mas acabar por dizer, ao que percebi, que basta um desculpabilizante alegadamente antes, para poder chamar ladrão, falsário, proxeneta a um cidadão qualquer, porque cruzou a informação com dois tipos, com ou sem credibilidade, colocados junto da fonte, acho inaceitável. Que o narcisismo ou, a necessidade de protagonismo que é a mesma coisa, mande às couves a lei e a moral só por que me convém é algo mais que muito reles e ordinário: é ignóbil, sórdido.
A AR, o Governo e os restantes órgãos de soberania são quê? Uma federação de quadrilhas de malfeitores… Em tese a opinião que acintosamente querem passar é essa.
Afinal quem é que foi sufragado pelo voto popular, quem tem legitimidade para exercer o poder, o sindicato dos deputados, perdão, dos ministros, perdão, dos soldados, perdão, e com perdão dos juízes ou dos jornalistas?

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