domingo, 2 de novembro de 2008

Fieis defuntos

O tempo passa para todos, hoje é um dia, amanhã já é outro, e o dia de ontem morreu. Lá rumámos aos cemitérios. E de lá saí tristonho e com um nó nas tripas, não só porque evocámos quem evocámos, mas mais pelo que vimos, naquela enorme e inútil feira de vaidades. Nunca me perdi de amores pelos americanos ou pelo seu estilo de vida. Admiro os seus cemitérios, prados verdes semeados simetricamente por cruzes alçadas e em cada uma um nome e duas datas. Uma simplicidade quase total e um requinte que não são exactamente o timbre do Tio Sam. Impressionou-me bastante ver duas flores cruzadas, como se fossem espadas, aos pés das campas da minha gente, ali colocadas por ignota mão. Este ignota lembra Soares de Passos e vem muito a propósito, adequada que é à época.

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