sábado, 29 de novembro de 2008

Vestida para Agradar



Nos dias de ver a Deus e à Joana era (é) normal as pessoas vestirem o seu melhor traje. Na versão actual, se for de festa, faz-se uma melhor produção. Dependendo do imediato encontro, assim será o nível do produto final. A minha terra, que é feminina até no nome, por mais teutónico que seja, hoje produziu-se para agradar. Vestiu a sua melhor roupa. Vestiu-se imaculadamente, qual virginal noiva do sec XIX. Um manto branco de pureza e inocência para cobrir as vergonhas dos ímpios que a maldizem.
E tinha razão, a sua mais bela filha de sempre fazia anos e era um momento único, havia que se ajaezar a condizer.
A parte feia foi descobrir que a sua querida filha não vinha comemorar os anos no seu seio. Trocava-a por terras de beleza mais constante, junto ao mar, sem a volúpia das amplitudes térmicas e da variação de cenários. Estas falhas quando vestimos os nosso melhor fato magoam muito, muito mais do que pensam os ausentes.

Sem comentários: