segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Arquivo Distrital da Guarda


Desde quinta-feira que ando a tentar esquecer a primeira página do jornal “A Guarda”. Mas o impertinente Grilo Falante não me dá tréguas e obriga-me a trazer aqui um assunto. Aquele jornal publicava em destaque na primeira página a vermelho e fundo azul: Alçado Norte do Arquivo Distrital da Guarda precisa de obras e mais abaixo a tinta preta mais pequena e fundo amarelo O Arquivo Distrital da Guarda sobressai entre os congéneres pelo excelente acervo documental incorporado. Não é notícia singular que um edifício do Estado precise de obras mas o que é excessivamente raro é um utente dum serviço elogiá-lo de forma clara. Por isso me congratulo e por isso fico danado. Nem uma palavra sobre quem foi responsável por tamanha e louvável façanha.
Conheci, demasiado bem, aquela construção quando ali esteve aquartelado o RI12. Voltei a ver aqueles claustros muitos anos depois, quando decidi fazer por conta própria determinada investigação. O meu espanto foi total. Aquele espaço em nada se comparava ao velho convento de S.Francisco onde prestara serviço militar. Quando ali regressei encontrei um local bonito e acolhedor, frequentado por pessoas simpáticas e prestáveis liderados por uma pessoa inteligente, culta e empenhada. Por isso aqui estou. É uma injustiça não dizer o nome do responsável.
Não é aqui que se remedeia o erro e a injustiça. Fica exarado o meu protesto. Mas o que quero mesmo é que fique publicamente registado o meu agradecimento e reconhecimento, enquanto cidadão da Guarda, à Sr.ª Dr.ª Cecília Falcão Dias. A cidade e o distrito estão em dívida. Após anos de incompreensões e de tantos e meritórios trabalhos de reconstrução e manutenção daquela casa, de recolha, classificação e arquivo de inúmeros documentos, deixou a Guarda, farta de aparar golpes sujos do vaivém politiqueiro. Para não variar, a nossa terra, pelos seus dirigentes e seus arautos, agradeceu à sua maneira, ignorando.

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