domingo, 16 de agosto de 2009

Por que somos assim


Rejeitamos tudo que nos faz pensar ou aborrece. Sobranceiros, enjeitamos os nossos eternos credores, aqueles que saíram do país e regressam de férias, bem como os avisos da gripe A. Aos primeiros atribuímos o excesso de calor, as moscas, as filas nos serviços, o mau uso do português, do esquecido francês e o atraso do país; no Outono, em plena pandemia, culparemos o governo.

O nosso tão abstruso e querido sebastianismo potencia o surgimento de derivas absolutas (Sidónio, Salazar). Tu, meu sacana, que te sentes protegido se dependeres de alguém, por pior que te trate, és o carrasco da minha liberdade que te perturba e te deixa órfão.

Só é livre quem estando só está bem acompanhado.

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