segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Há sempre uma saída


Escrevo com a castidade com que uma profissional abre as pernas ao cliente habitual.

Desde que me conheço aprendi a acatar valores que terão sempre de ser respeitados: não matar, não roubar, não mentir, não fazer ao outro o que não quero me façam a mim. Sem ser nenhum santo, creio respeitar sempre, na essência, tais princípios. A estes somei outros que bem pensados vão dar àqueles.

Desde que voto sempre votei no mesmo partido, uma vez por engano votei PRD, e tenho a noção que nas últimas eleições europeias todos ganharam, menos o partido socialista. Perdeu por falta de comparência dos seus votantes às urnas.

Agora parece todos esquecerem os mais elementares valores e o que foi o nosso mundo neste último ano e meio, desde os escritórios de advogados (impolutos e generosos) aos estados-maiores dos paramnésicos partidos. Dizendo de outra forma, julgam saber que valores conjugam-se com juros, e estes só nos bancos e tem de ser nos bons. Mas há valores a respeitar, sim.

Quem pode confiar em pessoas com descaramento e falta de patriotismo para dizer que têm soluções sem as divulgar, que são discípulos dum presidente que dá caneladas nos políticos, porque ele nunca o foi (político) e não está para o ser, que nos devia representar a todos e cada vez é pouco mais que um mal colocado sinal de trânsito, que sem ser redondo, senão for de proibição de complicação é de certeza.

O caminho da democracia é estreito, pode parecer sujo, mas tem sempre uma saída, obviamente democrática.

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