sábado, 28 de fevereiro de 2009

Faça-se luz



Junto a um altar, mais ou menos no meio do nada, disse que tu e eu somos um. Ao que sei ninguém rasgaria a hipoteca que sob nós passava a pender.
Imberbes criaturas de boleia apanhavam o futuro e sem olharem no mesmo sentido, ainda hoje não olham, souberam olhar um para o outro. Labaredas de dúvidas, de ciúmes, de conflitos vários sanados em renites e espirros de recém casados e cálice de vida.
Rasgámos horizontes, voámos juntos mesmo quando agarravas já só os tornozelos. Potenciaste qualidades, minoraste carências. Dois fomos/somos um, mas a agulha da serenidade, do bom senso, aquela que declina apontando sempre o bem ninguém a pode tocar e é/foi só tua. Seria crime cometido por néscia avareza pô-la em causa e dos broncos não deixo noticia.
A luz nasce onde brota a vida, não o dinheiro e a cupidez.

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